Seguindo o objetivo de se firmar como o mais completo ecossistema de ativos imobiliários do Brasil, o Clube FII, que nos últimos nove anos construiu a maior comunidade e plataforma digital de informações de Fundos Imobiliários (FIIs), FIAgros, CRIs e CRAs do país, agora também irá atuar intermediando operações no mercado secundário de CRIs e CRAs. O investimento para o desenvolvimento da nova área foi captado com a L4, gestora de Venture Capital de Tiago Wigman e Pedro Meduna, que administra fundo de R$600 milhões investidos pela B3. O Grupo Travessia, especializado em operações estruturadas de crédito, complementou a rodada pré-série A, que pode chegar a R$10 milhões.
Há cerca de um ano, a empresa lançou sua primeira solução exclusiva para o mercado B2B - o CR Data Solution - a única plataforma do mercado capaz de trazer uniformidade e padronização a uma massa de dados de mais de 4.500 títulos de CRIs e 1.400 CRAs. O lançamento da ferramenta foi a primeira etapa do novo posicionamento da empresa junto às gestoras e securitizadoras, para pavimentar sua atuação como mesa de operações sob demanda, negociando CRIs e CRAs. “O CR Data, em menos de um ano, tornou-se a plataforma líder de mercado para todas aquelas “casas” interessadas em acompanhar os mercados de CRI e CRA. Acumulamos nesse meio tempo uma fatia de assinantes do mercado que ultrapassa 55% do PL dos FIIs de CRI, agregando muito valor em seu dia a dia com o uso do CR Data. Agora, chegou a hora de também auxiliá-los como solução nas transações do mercado secundário”, explica Felipe Guinle, co-CEO do Clube FII, e sócio à frente da empresa desde 2022.
“Fomos muito cuidadosos na escolha de um novo parceiro para esta nova fase, e a chegada da L4 como nossa nova sócia - acompanhada de todo o ambiente da B3, que já temos interagido com parcerias neste ano, é um marco muito importante para o Clube FII. Estamos convictos de que o momento é o ideal para girar a chave do novo modelo de negócios da empresa”, completa Guinle.
“O Clube FII construiu um ecossistema único e possui o conhecimento e ferramental para continuar auxiliando o desenvolvimento destes mercados, trazendo transparência e contribuindo para aumentar a liquidez do mercado secundário” acrescenta Tiago WIgman, co-fundador da L4.
À frente da mesa estará Felipe Ribeiro, diretor de Investimentos Alternativos do Clube FII. Enquanto gestor de fundos imobiliários e estruturador de CRIs e CRAs, Ribeiro destaca que esses profissionais vivem um dilema nas duas pontas do mercado secundário. “Estamos chegando para resolver dois problemas antigos: falta de informações e liquidez. Até aqui, só o Clube FII desenvolveu tecnologia capaz de padronizar dados comparativos de títulos, suas características básicas, quais investidores são detentores desses papéis, informações sobre negociações, fluxo de pagamento e todos os comunicados referentes aos ativos. Isso tem muito valor, porque se reflete em uma precificação mais justa dos CRIs e CRAs no secundário”, explica Ribeiro.
A adesão de clientes tem sido rápida. Em menos de 6 meses o Clube FII acumulou mais de R$1 bilhão em estoque de CRIs e CRAs junto a cerca de 10 gestoras, que a partir de agora passarão a ser negociados pela empresa. “Além de reunirmos a maioria do Patrimônio Líquido de Fundos de CRI, também concentramos 75% das securitizadoras do Brasil como assinantes de nossa plataforma. São ativos que em sua maioria foram estruturados e comprados exclusivamente pelas gestoras, portanto ativos que não tinham negociação no secundário. Estamos trazendo ‘carne nova’ ao mercado secundário”, comenta Ribeiro.
Monetizar desenvolvendo o mercado
Desde 2015, a missão do Clube FII tem sido a de empoderar os stakeholders do mercado de Fundos Imobiliários por meio da informação. Hoje, mais de 350 mil pessoas compõem a comunidade do Clube FII, que registra 78 mil carteiras simuladas e cerca de R$11 bilhões registrados na plataforma, somente em FIIs. “O Clube FII tem sido fundamental para o crescimento e a disseminação do mercado de Fundos Imobiliários desde sua fundação, em 2015, uma época em que as informações eram de difícil acesso e desorganizadas. Neste novo ciclo, o modelo transacional assume o protagonismo, completando nosso ecossistema. Agora, nossos clientes não apenas poderão acessar informações, mas também tomar decisões de investimento e efetivamente investir conosco”, pontua Rodrigo Cardoso de Castro, sócio-fundador e CEO do Clube FII. A expectativa é desenvolver a frente transacional no B2C em 2025, ao mesmo tempo em que novos ativos de renda fixa e variável serão incorporados no portfólio de operações.
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