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Entenda como as Contas Digitais estão transformando o mercado financeiro

Atualizado: 19 de jul. de 2022




O Brasil é “um país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza”, como diria Jorge Ben Jor. Porém, infelizmente nem tudo são flores por aqui. Apesar do país possuir um clima muito agradável e estar ‘imune’ de grandes catástrofes naturais, como por exemplo terremotos, um ponto é muito preocupante: a desigualdade social e a falta de acesso aos serviços financeiros básicos por boa parte da população. Porém, como veremos, as contas digitais estão contribuindo para este cenário melhorar.


Nosso país é o quinto maior do mundo em extensão territorial, com mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, e o sexto país com a maior população, com mais de 211 milhões de habitantes. Este território gigantesco e este grande número de pessoas acabam virando um grande desafio. Muitas destas pessoas vivem em áreas periféricas sem acesso a uma série de itens básicos, como por exemplo os serviços bancários.


Os "Desbancarizados"


Desbancarizado(a) é a pessoa que optou por não ter ou não utilizar uma conta bancária. Dentre os motivos para isso, uma pesquisa do Instituto Locomotiva, para quase metade das pessoas é o de não confiar nos bancos, e 29% dizem preferir lidar com dinheiro em espécie.


A Brink’s e a Fundação Dom Cabral possuem um levantamento que mostra que 38,5% dos brasileiros não possuem contas em bancos, número que é maior entre as mulheres (43,4%) do que entre os homens (33,2%). Em relação às regiões, o Nordeste tem a maior incidência, com 47,1% da população.


Do ponto de vista da Economia, isto traz algumas consequências. A principal é que estas pessoas, justamente por não estarem inseridas na economia formal, não terão acesso à serviços financeiros como empréstimos, cartão de crédito e financiamentos. De acordo com o Instituto Locomotiva, esta população faz girar R$ 347 bilhões por ano.


Muitas pessoas até gostariam de ter acesso aos serviços financeiros, porém, seus municípios não possuem agências. De acordo com dados do Sindicato dos Bancários de São Paulo, 44% dos municípios brasileiros não possuem agências bancárias.


Inclusão Financeira


A Pandemia, apesar de todos a parte negativa que gerou para o todo o planeta, trouxe um ponto positivo: ela acelerou a inclusão financeira. Isto aconteceu por conta do Auxílio Emergencial, que, de acordo com um levantamento da Mastercard, foi recebido por mais de 66 milhões de pessoas, pago no aplicativo Caixa Tem.


Além da pandemia, a tecnologia também vem contribuindo muito com a inclusão financeira, por meio das fintechs. De acordo com um levantamento feito pelas empresas Cinnecta, Zanzar e iDOOH, os moradores dos bairros periféricos da cidade de São Paulo estão cada vez mais interessados nos bancos digitais. Por exemplo, alguns bairros da zona Leste apresentam interesse em serviços digitais acima de 54%, enquanto bairros de zonas mais nobres, como por exemplo da zona Oeste, possuem percentuais inferiores a 40%.


Este levantamento mostra que os principais interesses se dão em função da baixa (ou até mesma inexistente) cobrança de tarifas. Além disso, a agilidade e a desburocratização também são fatores que conquistam as populações de áreas periféricas.


Portanto, seja por conta dos menores custos e serviços mais práticos, ou seja simplesmente pela falta de acesso aos bancos, as contas digitais ganham cada vez mais adeptos. E o cenário para as empresas não seria diferente, nunca foi tão fácil abrir conta digital pj. Hoje, os empreendedores não precisam mais se preocupar em ir até agências físicas, tudo pode ser resolvido pela internet.


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