Finalizar uma compra online e ver a tela de pagamento negado é frustrante para qualquer consumidor. Mais do que isso, é uma venda a menos para a loja, que talvez não consiga recuperá-la. Mas quais são os motivos de algumas compras legítimas serem impedidas por ferramentas de pagamento? E como evitar esse tipo de situação?
De acordo com Leonardo Gomes, CEO da startup de soluções de pagamentos digitais Paytime, as razões mais comuns por trás desse cenário são recusa pelo banco emissor, ou pelo sistema antifraude, ou ainda devido a erros de preenchimento. “Falha humana sempre precisa ser descartada primeiro, no caso de preenchimento incorreto de dados. Mas também pode acontecer do banco encontrar divergências de dados, como cartão vencido, por exemplo. Quando é assim, o consumidor é quem precisa resolver o problema”, aponta.
Contudo, o sistema antifraude é outro culpado possível. Ele cruza uma série de informações em segundos, como dados cadastrais do usuário, histórico de compras, geolocalização, uso de dispositivos diferentes e até mesmo uso de WiFi público. Se algo parece inconsistente, a compra é bloqueada.
“Essas ferramentas fazem uma análise detalhada do comportamento da transação através do cruzamento de dados, a fim de identificar condutas que fogem do padrão. É uma maneira de proteger o usuário. Contudo, não é impossível que a compra seja legítima mesmo com algumas informações diferenciadas, e é nesse momento que o sistema acaba atuando de forma errônea”, explica Leonardo.
As ferramentas classificam algumas transações como suspeitas quando são realizadas, por exemplo, em horários ou locais diferentes dos habituais do consumidor, quando são de alto valor ou quando o endereço de destino e/ou número de telefone utilizados na compra não são cadastrados pelo usuário.
Então, como evitar essa frustração? Para o comprador, as dicas são: não comprar através de redes ou computadores públicos; não fazer compras de alto valor de madrugada ou em horários incomuns; e não utilizar mais de um dispositivo móvel.
Já para os lojistas, a recomendação é investir em um bom sistema antifraude junto ao gateway de pagamento. “Manter o sistema ativo é essencial, não podemos trabalhar com e-commerce sem antifraude. O importante é ter certeza de que ele possui uma tecnologia atualizada e de qualidade, que não permitirá que transações legítimas sejam identificadas como fraudulentas”, conclui o CEO.
Comments