A PeerBr, fintech de tokenização do Grupo GCB, emite R$ 18,5 milhões em tokens de recebíveis no primeiro dia após receber a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar campanhas de crowdfunding. O resultado é um marco significativo para a empresa que busca democratizar o acesso aos investimentos que antes só estavam disponíveis para investidores profissionais. E prova disso é que dentro da plataforma é possível fazer aportes, em ativos variados, a partir de R$ 10.
A primeira emissão da PeerBr, como plataforma de crowdfunding, inclui R$ 10 milhões em recebíveis mercantis com foco em PMEs, R$ 1 milhão em recebíveis precatórios do Estado de São Paulo, R$ 3,8 milhões em recebíveis judiciais e R$ 3,5 milhões em recebíveis do agronegócio estruturados. Todos esses tokens foram registrados usando a blockchain Gnosis.
Gustavo Blasco, CEO do Grupo GCB, expressou seu entusiasmo, afirmando: "Ter processado com sucesso R$ 18,5 milhões no primeiro dia é de extrema importância. Essa conquista destaca nosso compromisso em expandir o acesso aos mercados financeiros."
O pedido de licença de crowdfunding foi protocolado pela GCB em colaboração com a Associação Brasileira de Criptoeconomia (Abcripto), seguindo a posição da CVM sobre a emissão de tokens de renda fixa conforme descrito na Circular nº 6. Essa orientação exige que a venda desses tokens seja conduzida por meio de uma plataforma de crowdfunding apoiada por uma empresa de securitização.
Bernardo Srur, presidente da Abcripto, comemorou o curto prazo de apenas 15 dias para a aprovação da licença de crowdfunding pela CVM. "Foi uma das aprovações mais rápidas que vimos. Acreditamos que é um prazo excelente, e a parceria entre Abcripto e CVM contribuirá para o crescimento da criptoeconomia no Brasil. Temos um papel importante em tornar o processo cada vez mais eficiente", afirmou.
Atualmente, a CVM impõe um limite de R$ 20 mil por ano para investidores de varejo que participam de projetos de crowdfunding, tornando os tokens da PeerBr mais atrativos para investidores qualificados (aqueles com mais de R$ 1 milhão em ativos financeiros) e profissionais (aqueles com mais de R$ 10 milhões). No entanto, Barros acredita que, se esses produtos forem bem-sucedidos e houver uma forte demanda, a CVM pode reconsiderar sua posição.
Do ponto de vista dos tomadores de crédito, Blasco destacou a possibilidade de criar CRAs no valor de R$ 3 milhões, graças à redução de custos e à eliminação de intermediários facilitada pela tecnologia blockchain. "Não é comum criar um CRA de R$ 3,5 milhões, então podemos atender efetivamente pequenos e médios empreendedores com um spread reduzido", explicou.
Lucas Cordeiro, CPO da PeerBr, enfatizou a escolha da blockchain Gnosis devido à eficiência de sua rede. "Nossa operação envolve recebíveis mercantis, então depende da aplicabilidade e da capacidade de processar todas essas operações com segurança e eficiência de custos", disse.
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