O Pix se consolidou como um dos principais métodos de pagamento no Brasil. Somente no primeiro semestre deste ano, foram realizadas cerca de 28 bilhões de transações via Pix, movimentando uma quantia de R$11 trilhões. Esses números mostram que os brasileiros estão adotando cada vez mais essa tecnologia, mudando a maneira como realizam pagamentos diários. Agora, para facilitar ainda mais a vida financeira da população e das instituições, o Pix está prestes a receber uma nova funcionalidade: o pagamento por aproximação.
O Banco Central do Brasil anunciou recentemente as novas regras e estrutura de governança para esse método. A partir de 14 de novembro de 2024, os bancos começarão a testar essa nova forma de transação, e em 28 de fevereiro de 2025, a novidade estará disponível oficialmente para os clientes, oferecendo uma solução moderna e eficiente para pagamentos rápidos, sem a necessidade de que os clientes acessem as contas bancárias.
Para Marcelo Modesto, CEO da Avivatec, ecossistema de tecnologia, especializado em soluções para o mercado financeiro, a integração do modelo de pagamento por aproximação ao Pix é um avanço significativo no setor financeiro, mas que requer também investimentos em infraestrutura.
“O Sistema de Pagamentos Instantâneos foi uma infraestrutura essencial para a implantação do Pix no Brasil. Pensando nisso, a junção dessa tecnologia com a NFC (near field communication), do pagamento por aproximação é, naturalmente, o próximo nível. Isso porque, cerca de 82% das pessoas já utilizam o pagamento por aproximação por meio de cartão de crédito e débito. Com isso, a aproximação via Pix se torna um grande marco para todos, deixando as operações diárias mais ágeis e seguras. Estamos prontos para essa inovação e para assegurar que todos possam aproveitar os benefícios dessa nova solução tecnológica," comenta Marcelo.
Essa é de fato uma revolução no cenário financeiro, assim como também representa o impacto do Pix no mercado. A ferramenta foi criada em 2020, e desde o seu lançamento, oferece uma alternativa rápida, segura e sem custos para transferências, diferentemente das antigas opções, como TED e DOC.
Para se ter uma ideia desse crescimento, segundo informações do Banco Central do Brasil, somente no ano passado, os pagamentos feitos por esse método totalizaram mais de R$17 trilhões. Comparando com os valores registrados de 2020 até outubro de 2023, quando somaram 29,7 bilhões em três anos, o montante transferido ano passado, equivale a aproximadamente 58% do total do valor movimentado. Os valores superados não param por aí. No começo do último mês, a população brasileira superou 224 milhões de transações via Pix em um único dia, movimentando cerca de R$119,4 bilhões, estipulando um novo recorde.
"Observamos um crescimento contínuo no uso do Pix, não só no número de transações, mas também na sua popularidade como método de pagamento em diversas situações do cotidiano. A praticidade e a segurança oferecidas pelas instituições estão transformando o comportamento financeiro dos brasileiros e dos negócios. Além disso, a rapidez nas transações e a isenção de tarifas tem atraído cada vez mais usuários, consolidando o Pix como uma ferramenta essencial no cenário financeiro”, explica Marcelo.
Ainda nesse sentido, segundo dados do PicPay, no primeiro semestre de 2024, Pix para empresas e comércios subiram mais de 140% e entre pessoas físicas 66%. Com a chegada do Pix por aproximação, a tendência é que essas transações cresçam cada vez mais. Isso porque o novo método tem como objetivo simplificar os pagamentos, diminuindo etapas e possibilitando realizar transações por meio da carteira digital.
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